A terapia da escrita!
Compor em palavras, permitindo que nossas emoções fluam por nossas mãos em textos, cartas e poesias é libertador e curativo. Transformar em palavras nossas dores, temores e amores é uma forma construtiva de canalizar nossos sentimentos. Podemos desabafar…(nos) perdoar…resgatar…redimir…fazer despedidas, usando a escrita como um processo terapêutico e de autoconhecimento.
Contar nossa história, nossa “autobiografia”, do nosso jeito, (re)interpretando nossos passado e compreendendo nosso presente, é uma maneira de (re)conectar os fios de nosso destino. Ao nos colocarmos como protagonistas de nossa narrativa, podemos nos assumir como verdadeiros autores de nossa vida.
Escrever cartas que nunca serão enviadas (e nem devem), endereçando-as exclusivamente a nossa cura, é uma forma de resgatar silêncios, abandonos e perdas em nossa vida emocional, cabendo apenas a nós mesmos, decidirmos se devem existir e quais serão os destinatários de nossos segredos.
Podemos compor cartas “despedidas”, escrevendo para pessoas que saíram de nossas vidas, seja por escolhas ou por outras vicissitudes, e, cuja ausência ainda repercute dolorosamente em nosso dia-a-dia, impedindo-nos de dar continuidade a relacionamentos e entregas emocionais presentes. Despedidas não efetivadas, suspensas em nossa memória e em nosso passado.
As cartas “perdão”, na qual podemos perdoar porções passadas ou presentes de nós mesmos ou de outras pessoas que nos são ou foram importantes e que, de alguma forma, tenham nos ferido em atitudes conscientes ou negligentes.
Ainda, existem as cartas “confidências”, nas quais nos permitimos e conseguimos colocar em palavras, ideias ou sentimentos (in)confessos, propiciando que nos expressemos sem censuras ou bloqueios, libertando-nos de culpas e julgamentos.
Quando conciliamos as emoções com o auxílio da razão, composição necessária para ponderar e escrever, adquirimos uma certa distância racional das emoções envolvidas em nossas angústias e dúvidas, trazendo equilíbrio e compreensão, permitindo-nos enxergar possibilidades de superação de conflitos, aparentemente insolúveis.
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